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As operadoras de telefonia devem concentrar oferta de INTERNET POPULAR nas redes de celular

 Uma brecha nas contida na s regras do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) deve fazer com que as operadoras de telefonia concentrem a oferta do serviço a R$ 35 por mês apenas nas conexões sem fio. O acordo firmado com o governo não exige das empresas que o pacote mais barato seja ofertado, ao mesmo tempo, para acessos fixos e móveis. Na prática, significa que quem contratar o serviço sem ter um telefone fixo vai ser atendido pela rede de celular.

Tradicionalmente, a banda larga fixa é vendida junto com uma linha de telefone. A assinatura do serviço custa mais de R$ 40. Como o valor supera o preço fixado no programa do governo, as operadoras devem concentrar a oferta de acesso rápido e barato à internet, nos moldes desejados pelo Planalto, nos acessos móveis para não perder receita.

Na oferta da Telefônica, por exemplo, percebe-se claramente a opção pela banda larga móvel. A companhia oferecerá, por meio da Vivo - operadora de celular do grupo - internet de um mega, pela tecnologia sem fio de terceira geração (3G), por R$29,90 por mês. A banda larga fixa, porém, ao preço de R$35, só estará disponível dentro de um plano alternativo que inclui telefonia fixa, com custo total para o consumidor de R$ 65.

Quinta-feira, o presidente da operadora, Antonio Carlos Valente, disse que era "muito difícil" viabilizar o PNBL com redes fixas. Logo após a assinatura do acordo, ele disse que a venda da banda larga fixa sem a instalação de um telefone acabaria gerando mais custos para as empresas. Isso porque, para levar o serviço ao consumidor, é preciso ser ativada necessariamente uma linha telefônica, mesmo que o cliente não use o aparelho.

Por serem concessionárias de telefonia fixa, as companhias têm de, necessariamente, apresentar uma oferta disponível com essa tecnologia nas áreas onde atuam. Mas, se a empresa oferecer um pacote de internet móvel por R$ 35, poderá vender a banda larga fixa ao preço máximo de R$ 65 no combo.

Se o usuário quiser ter só a internet fixa, porém, terá direito ao serviço por um valor inferior a R$ 65, mas a empresas não têm a obrigação de comercializá-lo pelo preço do PNBL. "Todo e qualquer cidadão, nos termos de atendimento mínimo por cidade (pelas operadoras), tem direito de pagar R$ 35 e ter acesso à internet. Venda casada é crime", ressaltou o secretário executivo do Ministério das Comunicações, Cezar Alvarez.

Download. As empresas, porém, apresentaram propostas que têm "artifícios" para atrair o usuário para a banda larga fixa. Tanto que a franquia de tráfego de dados e para baixar arquivos (download) é bem maior no serviço prestado via rede fixa.

No acordo assinado pela Telefônica, por exemplo, o limite de download da banda larga fixa, que inicialmente é de 300 megabytes (MB), passará para 600 MB e chegará em junho de 2013 a 1 Gigabyte (GB). Na banda larga móvel, é a metade: 150 MB, 300 MB e 500 MB, respectivamente.

Na Oi, o limite de download ofertado para internet fixa começa com 500 MB e termina com 1 GB, sem níveis intermediários. Para a banda larga móvel, a franquia inicia com 150 MB, sobe a 200 MB e alcançará 300 MB em junho de 2013.

Caso o usuário baixe muitos vídeos, por exemplo, e ultrapasse a franquia de download, nada poderá ser cobrado além dos R$ 35 mensais. Mas a velocidade de conexão pode cair.

Fonte: Estadão

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